sábado, 24 de dezembro de 2011

Nos últimos 4 anos, passei por poucas e boas. 2007 era um ano para ser de sonho: finalmente eu ia realizar o desejo de trabalhar como voluntária num evento esportivo de porte: os jogos panamericanos. Até os jogos tudo correu aprentemente bem, fiz amigos, conheci atletas importantes, exerci um pouco minha profissão de jornalista.
Estava feliz.
Subitamente, a virada. Relação de quase 10 anos desfeita de forma traumática. Mas eu estava conseguindo levar. Aí veio o desastre profissional, quando alguém tentou de tudo para me reduzir a pó e quase conseguiu. Fiquei doente, de cama mesmo. Felizmente, amigos fiéis, impediram que eu pedisse demissão e me mantiveram firme, aguentando as agressões diárias.
Mas não foi suficiente. O trabalho de desconstruir a minha competência, a minha segurança estava feito. E eu precisei recomeçar.Me reconstruir. Fui acolhida numa equipe incrível, que acreditou no meu potencial e me deu o tempo necessário para colocar novos desafios em minhas mãos.
Durante todo esse período fiz, e ainda faço, terapia.
Mudei minha vida, me impus desafios, aprendi a velejar.
Aos poucos fui superando todo o mal que sofri.
Recentemente recebi uma incumbência importante, estratégica. Tive medo, me questionei, perdi o sono, tomei calmante. Mas fui em frente.
Agora estou colhendo frutos. Me dei o melhor presente: recuperei meu sorriso. Não aquele que a gente coloca facilmente no rosto, mesmo que esteja morto por dentro.
Recuperei o sorriso da minha alma.

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