domingo, 25 de dezembro de 2011

Compostela

Muitos anos atrás, antes mesmo de ler  O Diário de um mago, comecei a me interessar sobre o Caminho de Santiago e a pesquisar sobre ele. Em certo instante pensei: taí algo que eu quero fazer. Depois, li o livro de Paulo Coelho e fiquei ainda mais encantada e me aprofundei na pesquisa. Estava decidida a fazê-lo e comecei a me organizar para isso.
Mas a vida foi tomando um rumo meio louco, eu adoeci, depois meu api adoeceu e a idéia foi sendo deixada de lado. Tentei retomar os planos, mas não parecia que tinha capacidade para tal. Foi quando li que o Caminho deve ser começado e se você estiver apto para ele e ele achar que você o merece, você conseguirá completá-lo. Isso acabou com boa parte da minha ansiedade. Me dei conta de que se eu realmente quisesse, bastava começar.Sem preparação especial, apenas com o mínimo, deixando para trás tudo aquilo que não fosse necessário. Vi diversos documentários a respeito, li depoimentos e percebi que na hora certa, eu saberia o que fazer.
Deixei de pensar no Caminho pelo menos nos últimos 20 anos.
De repente, ele começou a "pipocar"na minha vida de novo. Amigos falando em fazê-lo, outros que conhecem meu lado  "místico me perguntando se eu conhecia algo a respeito do assunto", um livro que estava sumido e "reaparece" fora da seção correta da estante.
E aí eu começo a pensar Nele de novo...
Para colocar mais lenha na fogueira, zapeando nessa noite de Natal, depois que a coisa aqui em casa sossegou, dou de cara com Paulo Coelho em um documentário sobre o Caminho.
Coincidência? Não, isso não existe! Um sinal? Claro que não! rsrs Apenas um estímulo para o meu sonho de juventude e que pode tornar-se real.
Para passar informações aos amigos, voltei a ler o que eu tenho guardado sobre o Caminho. Separei livros, guias, mapas... Como dizem os que concluíram o Caminho, é preciso começar...

sábado, 24 de dezembro de 2011

Nosso Natal Tem Brasil - DVD 4 Cantos - Bate o Sino

A História do Natal na Versão Digital

Nos últimos 4 anos, passei por poucas e boas. 2007 era um ano para ser de sonho: finalmente eu ia realizar o desejo de trabalhar como voluntária num evento esportivo de porte: os jogos panamericanos. Até os jogos tudo correu aprentemente bem, fiz amigos, conheci atletas importantes, exerci um pouco minha profissão de jornalista.
Estava feliz.
Subitamente, a virada. Relação de quase 10 anos desfeita de forma traumática. Mas eu estava conseguindo levar. Aí veio o desastre profissional, quando alguém tentou de tudo para me reduzir a pó e quase conseguiu. Fiquei doente, de cama mesmo. Felizmente, amigos fiéis, impediram que eu pedisse demissão e me mantiveram firme, aguentando as agressões diárias.
Mas não foi suficiente. O trabalho de desconstruir a minha competência, a minha segurança estava feito. E eu precisei recomeçar.Me reconstruir. Fui acolhida numa equipe incrível, que acreditou no meu potencial e me deu o tempo necessário para colocar novos desafios em minhas mãos.
Durante todo esse período fiz, e ainda faço, terapia.
Mudei minha vida, me impus desafios, aprendi a velejar.
Aos poucos fui superando todo o mal que sofri.
Recentemente recebi uma incumbência importante, estratégica. Tive medo, me questionei, perdi o sono, tomei calmante. Mas fui em frente.
Agora estou colhendo frutos. Me dei o melhor presente: recuperei meu sorriso. Não aquele que a gente coloca facilmente no rosto, mesmo que esteja morto por dentro.
Recuperei o sorriso da minha alma.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Engraçado quando as pessoas que acham que tudo é sempre rosa chegam prá você  e começam a reclamar das mesmas coisas que você já vem falando faz um tempinho. Dá vontade de mandar pro inferno. Mas é melhor sorrir.




domingo, 6 de novembro de 2011

Os astros estão com a razão?

E aí resolvo dar uma olhada no horóscopo do dia. Antigamente lia todo o dia. Acho que eu era mais feliz nessa época em que me deixava embalar em sonhos regidos pelos astros. Mas até o horóscopo anda mais frio e realista. Eis que, no lugar de palavras de algodão doce, me deparo com o texto da foto . E, de qualquer forma, acabo sorrindo. Afinal, o que está escrito não é ruim e, no meu caso, vale uma reflexão.
Capricorniana teimosa que sou, quem sabe um dia aprendo, né?

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

E num breve lampejo, eu percebo entre assustada, triste e feliz, (eu sei, como é possível ter todos esses sentimentos ao mesmo tempo? rs mas é como sei explicar...), que perdi um monte de coisas num espaço curto de tempo. Mas aí vejo também que posso ainda ter algumas delas e a sensação é boa. Então, mãos à obra, pessoa!!! :)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Engraçado quando as pessoas que acham que tudo é sempre rosa chegam prá você  e começam a reclamar das mesmas coisas que você já vem falando faz um tempinho. Dá vontade de mandar pro inferno. Mas é melhor sorrir.




domingo, 30 de outubro de 2011

Vou conjurar todas as energias que conheço, pela primeira vez na vida, a meu favor. Já estou fazendo isso. A chuva que cai lá fora agora é uma benção para minha alma machucada e enfraquecida, tão castigada nos últimos tempos. E ainda assim sempre, sempre se doando aos outros, sempre se colocando em segundo lugar.Cada gota tem uma lágrima equivalente descendo pelo meu rosto. Quero que se esgote, que escorra de dentro de mim tudo isso.  Não. Não mais. Não posso. Não tenho mais forças para isso. Então, todos aqueles seres acostumados a viver me sugando vão ter que arrumar outra maneira de continuar. Eu não estarei mais aqui para eles. É uma questão básica, simples. Escolher entre viver e morrer. Eu quero viver. Eu mereço viver. E viver bem. Trabalhei para isso e não para sustentar o sonho alheio. Então, acabou. Egoísmo? Sim. Necessário. Fundamental. Eu tenho 48 anos e um mundo de descobertas pela frente e danem-se todos aqueles que acharem que eu estou errada porque estou me escolhendo. Acostumem-se a isso ou me esqueçam. 

domingo, 9 de outubro de 2011

Pensamentos solitários

O domingo vem chegando ao fim, fechando uma semana em que fiquei cuidando de minha mãe. Já faz um tempo em que ando assustada com as mudanças que a idade impõe a essa mulher durona, de 84 anos, que sempre enfrentou tudo com garra. Alguns anos atrás, quando ela precisou colocar pontes no coração, eu passei a tentar me acostumar com a idéia de que um dia iria acordar e, ao chegar no quarto dela, não teria mais o que fazer. Isso porque ela sempre esconde o que sente. Então, se algo acontecer, sei que ela não vai pedir socorro. Ela vai tentar se virar sozinha, como já fez antes. E eu vou daqui fazendo mágica para controlar a angústia e o medo. Fazer o que?
Outra coisa que me cutuca todo o tempo é o medo de não encontrar a metade da minha laranja. Há quem diga que eu tenho que me desligar. Já fiz isso. Me desliguei por um bom tempo. Nada. Então resolvi dar ouvidos a outra galera, a que diz que tenho que correr atrás. Até existe alguém que me interessa muito. Mas eu não sou objeto do interesse do rapaz, não na amplitude que eu gostaria. Então, apertando o botão descurtir e tentando deixar tudo no terreno das boas amizades.
A moça meio bruxa da loja de produtos naturais olha ppara mim e diz, sem filtros, que eu não estou olhando m volta. Caramba! O que mais eu tenho que fazer? Colocar uma placa de "disponível" na testa??? Não posso andar por aí cantando todo cara que eu achar interessante. Nem saberia fazer isso. Nunca precisei. Na adolescência e início da idade adulta, meu trabalho era afastar quem não me interessava. Então não desenvolvi a habilidade da conquista. Sei namorar, mas não sei conquistar... Isso complica as coisas e explica porque conheco tanta gente, mas meu telefone não toca. Triste isso, né?
Estou começando a achar que vou ser daquelas velhinhas tristes e sozinhas, que saem só para ir ao mercado, ao banco... Eu não queria ser assim, não. Adoro, quando estou por aí, e vejo aqueles casais que envelhecem juntos. Sempre achei que ia ser assim, companheira de alguém, com quem faria coisas bacanas para os dois... A tal da história da metade da laranja...
Eu fico me perguntando se sou uma pessoa muito chata, muito feia, muito burra... Ninguém nunca falou diretamente qual é o meu "problema". Eu queria saber, quem sabe dá para arrumar? Eu sempre achei que meu maior problema é a timidez. Quando mais nova não era assim. Mas meu pai me infernizou tanto, especialmente depois do caso em que um sujeito me atacou, que passei a controlar meus atos. As pessoas me falam: você é tão calma! Eu respondo: não, isso é controle mesmo... infelizmente.
Como a gente acaba um post em que começou falando do medo da morte? Acho que acaba simplesmente admitindo que tudo o que queria agora era ter alguém para me puxar prá perto e eu poder me aninhar e chorar.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nem tão normal assim...

Quando eu tinha 14 anos um sujeito me seguiu no caminho da escola para casa. Eu era uma menina atraente e paquerada. Mas era exatamente isso: uma menina. Eu percebi o que estava acontecendo. Mas a lembrança de uma cena de constrangimento sofrida por outra menina noônibus, ao reclamar das, digamos,  carícias não solicitadas de um sujeito, me fez ter medo de buscar ajuda. Tentei despistá-lo, não queria que soubesse onde eu morava. Saltei do ônibus num ponto diferente do meu. Erro. Ele desceu junto e me agarrou. Lembro do sol forte, de olhar em volta e não ter ninguém perto, dele tentando me dominar.  Lutei e bati com toda a força que pude. Gritei. Ele vacilou e eu corri. A vantagem foi sufuciente para alcançar uma área segura: a quitanda do Seu Antônio. Entrei lá desesperada, gritando, envergonhada e com medo. Não queria ter que explicar o que tinha acontecido. Vergonha. Medo de ser acusada de algo qu eu nem sabia o que era. Mas falei o que tinha acontecido e ele e outros que estavam perto saíram para tentar encontrar o tal sujeito.
Eu fiquei alí, sentada no meio dos caixotes de verduras e frutas, chorando baixinho. Eles voltaram sem ter conseguido pegar o tal sujeito. Seu Antônio destacou o filho mais velho para me levar até em casa. Me lembro que meu pai, talvez por estar tão assustado quanto eu, me falou: você deve ter feito alguma coisa... Eu só precisava de um abraço. E não veio. Nunca. Nem desculpas. Isso mudou significativamente a minha forma de ver o mundo. Diminuiu minha alegria, minha espontaneidade e meu sorriso. Mas eu levei a vida em frente e meio que dei um jeito de arrumar os pedaços com jeitinho.
Hoje, voltando correndo para o trabalho, sem ter almoçado, decido parar no Supersucos e comprar uma vitamina como costumo fazer. Cumprimento aos funcionários, como sempre. Pego a ficha e vou para o balcão fazer o pedido. Enquanto espero, um dos donos, Seu Garcia, acho que é esse o nome, se aproxima. Pergunta se já fiz o pedido e respondo que sim. Me pergunta se está tudo bem, respondo que sim, agradeço e pergunto: E o senhor, com vai? Ele responde: melhor agora.  E, de imediato, começa a tocar em mim. Alí no meio de todos, ele me pressiona e tenta me abraçar como se em algum momento eu tivesse dado a ele o direito de me tocar. De me tocar com intimidade. Me sinto acuada, mas não quero um escândalo. Respiro fundo e me desvencilho dele. A vontade de chorar e gritar de raiva. De mandar a mão na cara dele. Raiva. Muita. Lá no fundo, as palavras de meu pai ecoando: você deve ter feito alguma coisa... Não, eu não fiz. Sei disso. A única coisa que fiz foi responder de maneira educada a uma pergunta. Foi cumprimentá-lo a cada vez que , nos últimos 7 anos, entrei ali para comprar algum lanche, assim como faço com todos os que trabalham no local.
Voltei para o trabalho e a única coisa que falei para minha colega foi: ele foi longe demais. E fui tomada por uma tristeza profunda, uma dor que esperava não sentir nunca mais.
Não foi uma paquera, não foi um flerte. Foi uma agressão.
E a minha vida, mais uma vez, deixou de ser normal. Agora tenho mais um buraco na alma para fechar...

terça-feira, 12 de julho de 2011

Existem dias na vida da gente em que achamos que seria melhor que não existissem. Ou que ficam marcados na memória como cenas de um filme pesado, estranho. Meu dia hoje foi assim. Não tenho lembranças, tenho sensações, flashes. Imagens ruins que se repetem como se eu as tivesse visto de fora.
Mas não consigo imaginar minha vida sem esse dia. Fiquei triste o dia todo? Fiquei. Irritada? Certamente. Frustrada? Profundamente.Perdida? Nossa!!! Não gosot nem de pensar no quanto...
Mas cada um desses "espasmos" faz com que eu tenha certeza de que estou viva. Não dá para ter dias legais, sempre. Não dá para ter a pessoa  de quem a gente gosta por perto todo o tempo.Não dá para pedir um colo na hora mais crítica do dia. Mas eu já estou meio acostumaa com isso. Me viro sozinha faz tempo. Então, se a coisa aperta, por  mais que eu me sinta afundando, sei que terei como encontrar a saída.
Muitas vezes desejo desabar, mas não posso. Eu não tenho espaço para cair. O jeito é me manter num equilíbrio meio crítico, torcendo para a maré ruim passar rápido.
Estou num momento delicado. Quero mudar coisas em minha vida. Talvez fosse bom ter com quem falar a respeito. Mas eunão sou muito sociável. Menos ainda em momentos como esse, em que meu olhar fica triste e meus traços endurecem e eu não gosto do que o espelho reflete.
Daqui a pouco vou dormir. E espero emergir desse sono renovada, sentir em meu rosto o frescor da alegria. E que meu dia seja infinamente mais fácil do que foi hoje e que ao final dele eu não tenha a sensação de ter ficado vendo tudo de longe, como se fosse um outro alguém.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Transição

Sempre gostei de escrever. Por esse motivo fui parar no curso de jornalismo. Nunca quis ser jornalista. Queria apenas ser aprovada para uma universidade federal sem ter que me matar de estudar e fazer um curso que não me traria dificuldades. E foi exatamente assim.
Na universidade descobri que minha paixão por livros era imensa. Retornei, depois de formada, para cursar produção editorial e nunca fui tão feliz estudando. Tempos depois voltei a ECO para dar aulas de redação técnica para os alunos de Produção editorial. Infelizmente a vida me levou por outros rumos e virei bancária.
Uma vez bancária, dei um jeitinho de continuar a escrever no trabalho. Me oferecia para tudo o que envolvia redação. Fiz, durante algum tempo, um jornalzinho. Quando saí da agência e fui para a TI, até tentei continuar com esse tipo de atividade. Ajudei o desenvolvimento da primeira versão do site do setor, dava sempre um jeitinho de escrever, revisar algo.
O tempo foi passando, não consegui mudar para a área de comunicação da empresa, continuo na TI. Gosto. Mas estou muito longe de me sentir estimulada e feliz.
Penso que talvez seja a hora de mudar. Não mudar de setor, mas  mudar de vida. Buscar outros caminhos que me tragam maior alegria, que me façam acordar com tesão de ir trabalhar, como um dia já tive. Hoje, acho tudo monótono. chato. Me irrito com a acomodação das pessoas que temem se expor e aceitam todas as determinações absurdas, mesmo que isso vá gerar um trabalho mal feito, meia bomba. Me sinto mal com isso. Me sinto mal em fazer tarefas para as quais não fui treinada. Sei que sou capaz. Ser autoditada é algo usual em minha vida. Posso afirmar sem medo que 70 por cento do meu conhecimento em TI não adquiri no MBA que fiz em 2001. Ele veio da minha curiosidade.
Mas estou cansada. Não de ser curiosa e aprender. Mas de ser obrigada a aprender porque não sou treinada e preciso produzir de qualquer forma.
Tenho um conhecimento que muitos não tem. Isso deveria me dar vantagens e ser recompensado, mas não é. E falta de reconhecimento desanima. De que me adianta ser avaliada com notass acima de 9 se não há crescimento profissional?
Quatro anos é muito tempo para ficar parada, mesmo que tenha enfrentado uma situação extrema de assédio moral.
Se a carreira não deslancha, é hora de mudar. De começar de novo, se preciso. Em outro lugar. Em outra empresa, talvez. Em outra carreira. Nunca é tarde.
É hora de começar a empacotar a mudança.

domingo, 26 de junho de 2011

Pelo menos uma vez.

Houve época em que eu corria sorrindo, olhava todos nos olhos, sem medo.
Houve época em que eu sonhava com crianças, casa barulhenta, almoços de domingo, cachorro derrubando tudo.
Depois, época em que eu só queria um trabalho. Em seguida, época em que eu só queria enxergar.
Depois, só queria estar viva, do jeito que fosse possível.
O tempo foi passando.
Descobri que ia viver e enxergar. Ponto pra mim. Então, fui levando como podia. Trabalho, pegava qualquer coisa. Qualquer coisa que me fizesse ter a sensação de ser útil e produtiva. Não tive uma carreira normal, encadeada. Tudo foi no improviso, sempre. Mas dava para ir levando.
Aos poucos voltei a sonhar com almoços de domingos e crianças, mas aí me disseram que provavelmente não iria rolar. Pelo menos não como eu sonhara, com crianças gestadas por mim, filhas de alguém que eu amasse. Tirei o útero. Foi como arrancar minha alma. Tentei me convencer de que já não faria diferença, pois os almoços de domingo não seriam os mesmos sem o meu pai. Mas fez diferença. Doeu.
Era  apenas mais uma dor. Já estava me acostumando com elas.
Aí achei que estava começando a mudar, que estava me apaixonando. E estava. Foram quase 10 anos num relacionamento doido, que terminou de forma dolorida, com um grau de agressividade e crueldade que jamais imaginei ser possível. Durante meses não derramei uma lágrima. Não podia. Fiquei doente. Desabei e pensei que não teria forças para recomeçar mais uma vez. Mas, aos poucos, juntei os pedacinhos. O olhar nunca mais foi o mesmo. Procuro por ele todos os dias e ele se foi.
Recentemente, passei a ter vontades de novo.
Voltei a sonhar com a casa cheia em almoços de domingos... cheia de  amigos. Voltei a sonhar com a minha casa. Voltei a sonhar em ter uma vidad organizada, coisa que não consegui até hoje. Voltei a sonhar em ter meu carro para viajar pelo interior como fazia quando meu pai era vivo. Voltei a sonhar em ter uma família.
Tenho 48 anos. Tenho medo de que não dê tempo de fazer essas coisas. Mas quero recuperar a alegria de batucar notas desconexas no violão ou rabiscar ensaios arrogantes em aquarela. Quero ouvir música. Quero deixar de morar num quarto na casa de minha mãe.
Quero ter a sensação de que não estou em vão nesse planeta, de que fiz algo que vale a pena. Vaidade? Talvez. Mas eu sou como qualquer outra pessoa. Quero, sim, sentir que acertei. Pelo menos uma vez.

2 meses depois

do meu ultimo post volto. Nesse meio tempo, tanta coisa aconteceu. Uma hora, eu estava prestes a largar tudo, desistir do trabalho que não me dá qualquer alegria (isso não mudou... rssrs), voltar para o esquema de namorar qualquer um, sair só por sair. De repente, estava embarcando para Viena. Era, também, uma forma de pelo menos durante uma semana largar tudo e estar perto de alguém de quem gosto (talvez mais do que deveria), de me livrar da aporrinhação do trabalho, de me sentir leve por uns dias. Era algo totalmente fora do que costumo fazer. Eu, sempre tão regrada, contida e certinha. Mas ando tão sem paciência, tão irritada com tudo, que achei que tinha que fazer e fiz. Fui para Viena, sim. E iria outras vezes, se pudesse, alias, para qualquer lugar, nas mesmas circunstâncias...A cidade é linda, eu estava acompanhada de quem gosto, estava feliz.
Foi tão bom ter ido, que nem preciso olhar as fotos. As imagens dos dias que passei por lá passam em minha memória como num filme. Cada instante esá registrado. Alíás, cada instante desde que resolvi ir. E quando
'revejo' esse filme, sorrio. Ele aquece meu coração.
Alguns amigos que sabem com quem eu estava me perguntam: e aí? Eu não tneho o que dizer e digo que a viagem foi ótima. Não é o que eles esperam ouvir, eu sei. Entendo o desejo deles de me ver feliz e amada. Mas não tenho resposta. Então, sorrio. Sei que tem muita gente torcendo para me ver feliz, e eu estou, do meu jeito, dentro do que é possível.
Quando viajei não esperava viver um conto de fadas. Não sou ingênua. Sei das dificuldades e incertezas que cercam a situação. Mas queria me dar essa chance. Queria estar junto. Queria demonstrar o quanto eu me me importo. É difícil para mim não demonstrar o que penso, sinto, especialmente se isso é algo positivo. Mas também sei o quanto isso pode ser um dificultador para quem não sabe como se abrir para receber carinho e atenção.
Nem sei a razão de estar escrevendo isso agora. Talvez porque esteja me sentindo meio sufocada por palavras que ficaram na borda dos lábios e tiveram que ser contidas. É estranho isso.. não poder dizer para ter a chance de um dia poder dizer...
Viena estava ensolarada e quente para me receber. E ficou assim durante todos os dias. Nem a breve chuva  do final de sexta-feira foi um fator ruim. Nem na manhã de sábado nos impediu de sair para passear. Na verdade, nem a E. choli nos impediu.. rsrs
Bom, se não há, ainda, para contar o final feliz que meus amigos tanto esperam, há a certeza de que passei dias deliciosos. Talvez não seja o momento de final feliz, mas de um começo... De que? Não sei.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

nesse instante, a vontade é a de optar pela saída mais fácil, mais simples. Aceitar o que me é oferecido, mesmo que não me traga alegria. Mas me trará segurança. Eu fico me perguntando se ainda devo sonhar... Será que não é totalmente insensato esse meu desejo de esperar ainda ser feliz?
Talvez, estivessem certos aqueles que diziam antigamente que não existe essa coisa de amar, de felicidade. O que há é um acordo de convivência e conveniência.
Ou então serei obrigada a aceitar que só alguns são afortunados. Pois não importa o que eu faça, as tentativas todas, cada dia me parece mais improvável que amar volte a fazer sentido para mim.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

não

não... quando toda essa paixão, toda essa emoção, toda essa energia represada explodir talvez não seja bom...

domingo, 24 de abril de 2011

e amanhã é segunda-feira

e eu queria que fosse uma segunda-feira mágica, com coisas bacanas , que me fizessem sorrir e sonhar. Coisas que me fizessem sentir menina, ter vontade de brincar...

sábado, 23 de abril de 2011

Salve Jorge!!

Tenho meus santos de paixão. Santa Rita, em cuja singela igreja me escondo para chorar; Santo Antônio, que tem em seu convento um dos visuais mais incríveis do Rio ao entardecer e a quem sempre peço uma forcinha para ver se desencalho; Nossa Senhora de Guadalupe, a Santa da minha infância, que movimentava as festas do bairro.
E tem S. Jorge.
O cara é bom. Além do apelo místico, tem o lado fashion que o torna imbatível. É inspirador de coisas bacanas, populares, abençoa aos botecos, aos puteiros, aos terreiros de umbanda e candomblé. E ainda tem aquele visual de contos de fada, do cavaleiro derrotando o dragão. Ele está na terra e está na Lua.
S. Jorge é o cara.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Constatando...

Com a grana que tenho agora, só consigo comprar uma casinha lá por Caxias... como pude perder tudo em tão pouco tempo? Perdi o controle, perdi o rumo... Acho que é por isso que muita gene tem medo de se apaixonar Vai que entra numa furada como a que eu entrei, e o outro se revela  meio 171 e te lasca além de acabar com o teu emocional? É... porque o pacote é completo, ou não tem graça, né? rsrs
Bom, mas passado o luto, iniciado o período de irritação por estar apaiixonada e "viva" novamente, mas  não poder viver essa paixão de forma plena, tenho que dirigir essa energia para outra coisa. Então que seja para organizar a vida.

É simples assim...

Eu só preciso dizer que te amo. Só.

Problemas

Todos nós os temos, né? Eu não sou diferente. O que temos são formas diversas de enfrentá-los. Tem gente que acha que eu não tenho problemas porque sorrio. É, já ouvi isso várias vezes. Esse povo tem problemas! risos
Se eu tivesse que enumerar meus mais graves problemas, não sei se conseguiria classificá-los numa escala de valor, pois todos me incomodam muito, já que se arrastam sem que eu consiga resolvê-los. Quais seriam?
1 - Indefinição profissional. Insistir ou não?
2 - Falência. Está na hora de mudar essa situação. 2007 já passou faz tempo. André já saiu da minha vida e o estrago que ele fez não vai corrigir. Portanto, só conto comigo.
3 - Inerente ao problema acima, preciso retomar meus planos de ter meu canto. Para isso, é necessário organizar as finanças. Aliás, às vezes fico pensando em como ouso me imaginar num relacionamento sério se estou com a minha vida tão desorganizada... Não é justo com a outra parte, né? Eu sou assim, não gosto da idéia de que o outro vai ser responsável por minhas despesas, caso a gente resolva fazer algo juntos. Sou tensa com isso.. rsrs Há quem me diga que é bobagem, mas não sei...Tudo bem que eu sei cozinhar e tal... rsrs Gosto de ser mimada, claro! Mas não consigo achar justo... sei lá...pode ser que eu consiga mudar um dia. :)
4 - Encontrar e tornar constante uma atividade que me provoque prazer. Não. Sexo não vale porque é default. :)
5 - Mais uma pós? Ou uma graduação feliz? Ou uma aula de dança? Ou voltar para o Villa-Lobos?
6 - Esse eu resolvi quase sem querer ao tentar ajudar uns amigos. Percebi que estava de saco cheio de aturar gente sem noção, que enche a cara, acha que o mundo está errado e contra ele, que a injustiça impera e tal. Resolvi isso decidindo que só vou conviver com gente assim se não tiver outra opção e que não vou pagar para isso. rsrs
7 - Coisas acumuladas: se não precisei por mais de um ano, provavelmente não vou precisar mais. Lixo.
8 - Me incomodar com o que os outros acham que é bom para mim. Agora deixo que falem , que sugiram. E faço o que me dá vontade.
9 - Esse é grave. Retomar o ritmo saudável. Está difícil, mas eu preciso muito.
10 - Me apaixonar. Esse foi resolvido. Mas gerou outro problema. Não posso falar.
Aliás, esse é o meu maior problema agora. Querer falar e não poder... Estar tolhida dessa maneira tem sido uma dura prova de resistência. As palavras na ponta da língua e eu não poder dizê-las... E fica sempre a dúvida: será que poderei um dia? Isso, sim, é um problema. Entendo perfeitamente a situação e acho que agiria da mesma forma. É que fica aquela vontade de dizer que gosto... Sou carinhosa... Afff! Mas não posso reclamar. Escolha minha - que burra! mas a gente não tem muito controle sobre isso, né? -,  e vou segurando enquanto der e torcendo para dar certo. Eu fico muito feliz por conhecer alguém tão especial. Isso, definitivamente, não é problema! :)

domingo, 10 de abril de 2011

O que a gente faz

quando, 30 anos depois, alguém fala sobre o dia em que falou com você e você respondeu rapidamente e saiu. E você percebe o quanto isso foi importante para a pessoa. E você se dá conta de que, talvez, tenha deixado escapar a chance de um momento especial?

esse tal de facebook

anda roubando meu tempo. Tempo de leitura, tempo de pensar., tempo de refletir. Quando só tinha meia dúzia de pessoas por lá, era boring. Aí foi aumentando... e agora está perto do insuportável, motivo que me fez largar o Orkut faz tempo e que está quase me fazendo abandonar o Facebook. Tem quem me ache esnobe por me irritar com coisas que se tornam tão populares. Acontece que a rede para mim é mais que um espaço para a troca de fofocas. Eu uso como instrumento de pesquisa, de troca de conhecimento, de trabalho e, até mesmo, de diversão. Então, preciso de agilidade.
O que aconteceu ontem, quando a brazucada praticamente provocou a "queda" do FB ao clicar num link de um aplicativo que se revelou um vírus é um exemplo típico de coisa que me irrita. Tenho vários amigos estrangeiros no FB. Nenhum deles foi infectado. Apenas a turma que ignora as regras básicas de segurança e convivência na internet entrou nessa.
Sei lá porque estou falando disso... rsrs Na verdade, não sei a razão de me meter em muitas coisas. Acho que é curiosidade mesmo... Sou curiosa, gosto de me informar, de aprender... E como me sobra tempo, acabo me arriscando em novidades e inovações. Experimentar é bom.
Quero comprar sapatos, mas estou irritada com as coleções outono/inverno. Tudo igual. Laços, laços e mais laços. Por que não inovar adotando par ao mercado nacional o meio ponto que já é feito para exportação? Aí, quando eu reclamo da qualidade do que é feito aqui para o mercado interno, falam que eu sou besta e tal. Exigir qualidade é ser besta? Apenas acho que se paga muito caro por um produto de quinta categoria. Mas esse pouco não aprende e vai comprando essas coisas que custam 100 dólares o par e desmancham na primeira chuva.
É por essas e outras que eu às vezes fico "precisada" de Paris. rsrsrs É tão bom poder estar num lugar sem papel no chão, sem xixi nas calçadas, onde os sapatos são vendidos com meio ponto e, de quebra, ainda tem bons vinhos em cada esquina.
Preciso viajar... estou rabugenta. rsrs Ou namorar... porque apaixonada eu já estou.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Facebuqueando, ando longe daqui

Passou o natal, ano novo, meu aniversário, carnaval. Passou o Obama. E eu estive longe daqui. O Facebook, com suas mil ferramentas e com a chegada de todos os amigos que não estavam lá, tem ocupado Aí acabei deixando blog e o plano de um site de lado. Mas... ando querendo retomar idéias. Descobri uma forma de fazer algo que me traga algum prazer.
Mas nesse tempo o que aconteceu? Descobri que estou apaixonada. Alíás, nunca deixei de estar. Apenas assumi isso. Fica mais simples, mais fácil. A outra parte?Bem... Eu não acho correto ficar no pé. Mas já tomei coragem e disse muito do que sinto, talvez mais do q o bom senso recomende. Mas não me importo. Eu gosto dele, e daí? Não esotu pedindo nada. Quero estar perto. se possível, quero conhecer mais, conviver mais, ouví-lo sorrir...
Gosto de você, moço bonito. E sei que você gosta um pouquinho de mim. Se depender de mim, vou ficar por perto, tá? Mesmo quando você está do outro lado do planeta.