terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Missing you

é. Sentindo saudades de quem sequer se importa. Decididamente, não tenho juízo. Mas gosto disso. Saber que sou capaz de sentir, que não fico cercada num mundinho isolado e seguro é muito bom.

Odeio dezembro!

É... acabo de constatar isso. Odeio porque sou uma boboca que se emociona ao passar no Largo do Machado e dar de cara com a escadaria da Igreja de N. S da Glória tomada por uma celebração de Natal. Odeio porque fico sensível demais, exigente demais (inferno astral a toda!!), inquieta demais. Tudo é exagerado em dezembro e eu detesto exageros. Me incomodam. As ruas cheias demais. O calor intenso aqui e o frio extremo do outro lado. A afobação das pessoas. Tudo, tudo é too much. Então, fico irritada, mesmo. E descobri que detesto dezembro.
A única coisa cujo exagero não me incomoda nem um pouco são as luzes que cobrem a cidade e que eu não canso de olhar.
Por falar em luzes... o jog maluco de luzes da minha janela está piscando num padrão diferente agora...rsrs e ele nem tem essa opção!!! Deixa prá lá...
Odeio dezembro!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fui por aí...

E teve greve, e depois sumi em férias para Paris. Estava tão bom! Voltei. Trabalho, coisas meio sem sentido, necessidade de fazer escolhas. Escolhi ser feliz. Então, dane-se o mundo.

Nunca fui muito exigente com a vida. Queria ter o que todo mundo tinha: família, filhos, trabalho honesto, cas cheia de gente. Dancei. Mãe natureza decidiu que eu não deveria engravidar e eu descobri que não queria ter a generosidade de adotar. Filhos descartados, a saúde me pregou umas peças e eu me reinventei. Achei que tinha encontrado o amor da minha vida e me lasquei de novo, depois de 10 anos de relacionamento. Pior que perder a pessoa, foi perder o rumo, perder o pouco que tinha e, quase, perder a vida. Renasci. Pela mãos de Zazá que, diligentemente, cantava para mim Hakuna Matata em todas a línguas que conseguia aprender na internet, arrancando do meu coração rasgado muitas gargalhadas que me me trouxeram de volta. Era hora de reconstruir. Ah! Que trabalho! Obra longa, essa!! Resolvi remontar parte de mim em vez de simplesmente fazer uma nova versão. Não queria perder coisas que achei que eram bacanas em mim. Só que colar caquinhos dá um trabalho danado!!! Às vezes, constatar que esotu fazendo isso aos 47 anos é meio atordoante. Por outro lado, é um desafio e isso significa energia circulando.
O que quero agora? Acabar de pagar as contas e arrumar um novo trabalho. Bom, a segunda parte ainda não está bem definida, mas tenho pensado muito nisso. A new job... why not?
O que? Amor? Bom, eu tento, mas não tem rolado. Sexo sim. É fácil, fácil. Mas companheirismo, tá complicado. Talvez eu seja muito exigente por querer alguém que me faça desejar ser uma pessoa melhor, que me estimule, que pense. Mas acho que não. Eu apenas estou tentando ser feliz e fazer alguém feliz. Sei que é complicado. Resolvi deixar rolar. Se quem eu quero não me quer, a fila tem que andar, né? Só fico com pena pelo fato de as pessoas perderem tempo por medo de viver. Não dá para ter cert4eza de que vai dar certo, mas é preciso tentar, né?

Affff!! Odeio quando colocam açúcar na melancia!!!! Que ódio!!!

Ah! Antes que me esqueça: se alguém tiver um amigo inteligente, desencanado, que não precise estar cercado de gente para se sentir feliz, mas que também não seja um homem das cavernas, que saiba ser cavalheiro e que seja simplesmente meio normal, favor me avisar, tá? Quem sabe rola, né? :)

sábado, 2 de outubro de 2010

Invasão do bem

Essa semana foi rica em lembranças, especialmente pelo fato de o Google me fazer voltar 20 anos no tempo e me colocar na calçada da casa onde cresci, com uma imagem tão nítida que quase pude ouvir as risadas da minha turma de amigos, as brigas, a gritaria por pipas, futebol, pique bandeira, taco, guerra de mamona, tombos de bicicleta, broncas do meu pai, a correria para entrar em casa antes de o carro dele dobrar a esquina ( tinha uma rede de informantes...rsrs). Meu tio Barcelito contando histórias de terror nas noites em que faltava luz, fazendo a gente se encolher de medo por causa do Turu, supostamente o monstro que morava na tamarineira imensa da casa de D. Esther. Foi um presentão rever a janela do meu quarto, que uma vez pintei todo de amarelo em uma tarde de rebeldia. rsrs Lembrar das horas passadas na janela do terraço, só observando o céu e as nuvens, a chegada das tempestades que vinham da área de Gericinó. Obrigada por essa invasão do bem, Google.

sábado, 18 de setembro de 2010

Ouviram do Ipiranga??

Se a tese do cara que diz que a independência foi proclamada em 1o de agosto e o lance do Ipiranga foi um happening paulistano, meio fake, tipo assim uma instalação lá no Ibirapuera, for verdade, está explicado pq esse País não deslancha... Agosto, mes do desgosto.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Pai...

Hoje seria aniversário do meu pai. Gaúcho pobre da fronteira, de São Gabriel, que encontrou no exército a chance de se tornar um cidadão e mudar o rumo da sua vida. Alistou-se, foi para a Itália tomar parte na conquista de Monte Castelo. Voltou, como muitos, traumatizado com as coisas que viu e ouviu. Sua catarse era através de horas incontáveis assistindo a filmes de guerra e bang-bangs dos quais eu também aprendi a gostar só para estar sempre perto dele. Aprendi muitas coisas para poder estar sempre perto do meu pai: a carregar peso, a virar concreto, a consertar e lavar o carro, a trocar pneus, a mexer com eletricidade e eletrônica. Aprendi a amar a cultura gaúcha, cantando as músicas que lhe causavam tantas saudades. Aprendi a andar sem destino de carro, procurando coisas malucas em ferro-velhos de beira de estrada. A sair para  comprar um azulejo e acabar lá em Vargem Grande, quando ninguém falava no lugar. A passar horas nos quartéis, mesmo com ele estando já afastado. Gostava tanto que me sentia frustrada pelo fato de não poder estudar no Colégio Militar! O jeito foi me contentar com o Pedro II... rsrs Mas a coisa mais importante que meu pai me ensinou foi a não ter ciúmes. Ele, que era tão ciumento, me deu o melhor exemplo que podia dar justamente por me permitir ver o quanto era feio, o ciúme.
Ele era um cara bacana. Dele, herdei a atração pelo oculto, pelo místico, pela música, pela informação e pelo Direito. Gostaria de ter herdado, também, a generosidade, o carisma, a inteligência brilhante. Agradeço a meu pai por ter me apresentado a Hitchcock, numa madrugada em que permitiu que eu assistisse com ele a Os Pássaros, atração da sessão Coruja. Eu tinha uns 6 anos?? Acho que foi por aí. E foi aí que me apaixonei por cinema.
Meu pai era especial. Adorava cantar "Seu calça larga" e fazia isso com um sorriso  gaiato. Tocava acordeon algumas vezes, violão, sempre. E dançava. Isso eu não aprendi...rsrs E como todo bom negão, adora uma loira! kkkk
Olho para o capacete da FEB - Força Expedicionária Brasileira -, e me lembro dos poucos relatos que fazia sobre a Segunda Guerra. Nele, estão gravadas as cidades italianas por onde passou e que sempre disse que queria visitar de novo...
Ele nunca voltou a São Gabriel, embora tivesse ido muitas vezes ao Rio Grande. Tenho muitas perguntas sobre meu pai que nunca serão respondidas... Especialmente tentar entender como, no meio de toda a disciplina e dureza que ele tentava impor, havia espaço para tanta generosidade e amor ao próximo.
Saudades, pai.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Viajar


Adoro. Mas a preguiça que tenho de arrumar malas me faz sonhar com a possibilidade de ter um pouso em cada lugar que considero especial. Assim, pelo menos nas vezes em que fosse para meus refúgios, não necessitaria fazer malas.
Pior que fazer as malas, é desfazê-las. Um simples final de semana em Belo Horizonte foi responsável por um quarto cheio de roupas espalhadas e malas jogadas a esmo por vários dias!
Agora que já quase decidi para onde e quando vou - parece que Paris vai ser a escolha imediata -, preciso definir se vou viajar no estilo aventura, com mochila e muito jeans, ou algo mais madame, com direito a roupa de noite e, naturalmente, uma mala decente, que seja condizente com uma mulher da minha idade.:-)
Confesso que adoro malas diferentes e coloridas. Daquelas que a gente localiza logo na esteira do aeroporto e pode descrever facilmente caso extraviem. O maoir problema é o tamanho da mala... Sempre acho que não levo roupa suficiente, que vou precisar disso e daquilo e não vou encontrar para comprar. Resultado: mala lotada e pesada e roupas que vão e voltam sem serem tocadas.
Dessa vez vou tentar ser comedida. Vou tentar viajar com apenas 1 mala te tamanho médio. E só!
Depois contarei se tive sucesso.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Hora de arrumar as malas

Férias chegando, falta 1mês. Preciso me organizar e decidir para one realmente vou. Paris? Não estava nos planos iniciais, mas ganhei uma passagem... então, parece o destino mais provável.


Minha intenção, desde o final do ano passado, era ir para a Colômbia. Ainda não desisti da idéia. É algo que preciso fazer. Se tivesse grana, faria os dois: dez dias em Paris, mais 10 na Colombia, o resto no Rio. :-)

Bom,se eu for mesmo agora para a Europa, vou tentar esticar de trem até a Itália. Pode ser uma boa. Espero que outubro me traga dias gostosos e lindas lembranças de férias felizes.

domingo, 25 de julho de 2010

Amigos sumidos...

Sentindo falta de uma pessoa que anda sumida... Será que está bem? Não quero perguntar, pois sei que ela tem esse receio de que invadam seus espaços... Tomara que esteja tudo bem. Se não estiver, pode pedir um help que estou por aqui.

Criancice

Eu percebo que nem tudo está perdido quando me pego espantada com questões simples(?)do tipo:
- Como pode existir tanta melancia no mundo?
- Não entendo como pode haver tantos morangos para tanta gente e tanto sorvete...
É esse meu olhar infantil que me faz ter esperança, acordar e sorrir todos os dias. Porque ainda tenho muita coisa para descobrir nessa vida.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Caramba!

E eu que, diz a tradiçao, deveria a essa altura da vida estar começando a cuidar dos netos, estou aqui querendo namorar. Não esotu falando de sexo, que isso é fácil demais. Falo de um relacionamento estável, de troca, de parceria, de cumplicidade. Sinto falta disso. Sinto falta de ver um livro e saber que alguém especial vai gostar de ganhá-lo.
Sinto falta de trocar idéias sobre as notícias da página de economia. De dividir meu encantamento com as coisas que finalmente começo a compreender, tipo leis da física, fórmulas matemáticas e outras nuances do conhecimento que me pareciam inatingíveis.
Falta de viajar no final de semana, aquele programa bobo, meio de índio, de pegar um carro e enfiar a cara na estrada para ir almoçar em Paraty pelo simples prazer de ir juntos a um lugar legal. Ou deitar na grama do Aterro e ficar falando bobagem, jogar street basket...
Carmba, tou querendo mesmo namorar! :-)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Óleo de lavanda

Insone, insone... largada aqui no computador. E nada de sono. Nada.  Logo vou ficar nervosa porque tenho que trabalhar em poucas horas.Na verdade, algo está me incomodando e não consigo definir. Preocupação com o trabalho? Provavelmente. Não está fácil viver aquele clima ruim, com a empresa sacaneando todo mundo. Mas prometi me conter dessa vez. Não vou comprar a briga por todo o mundo. Até porque já descobri que não posso resolver nada. Vou defender o meu e que o mundo se dane. Preocupada com as férias. Eu, que queria ir para  a Colômbia, estou prestes a embarcar para Paris e com a possibilidade de ir para St. Marteen. Vou acabar passando as férias em Muriqui! kkkkkk Seria hilário, depois de tantos e tantos anos!
Hoje fiz uma mudança aqui o quarto para ver se sacudo a energia que rola aqui. Ainda não está como quero, mas já deu para ter uma idéia do produto que desejo alcançar.
queria ir para a Semana de Vela de Ilhabela. Mas parei para pensar e é muita grana para gastar um final de semana. Vou passear mais perto de casa. POr falar em passear, tenho que ver ocmo andam minhas milhas e trocá-las antes que expirem. Preciso também renovar meu visto para os EUA. Preciso tirar carteira internacional para o caso de resolver me enfiar em St. Marteen. Preciso arrumar um namorado que essa vida de solteira está um saco. mas não quero nada com gente burra.  Se eu não puder falar com o sujeito algo mais do que as notícias do futebol, prefiro ficar sozinha. Tem que ser alguém que me estimule a melhorar. Alguém que me provoque a vontade de saber e aprender, e que também goste de ensinar, tipo o Wietze. Aliás, isso é algo que acho bacna nele. O prazer que sente em explicar as coisas, ainda que ``as vezes soe arrogante e impaciente com aquele nariz empinado(kkkkkk!!! morrendo de rir!!!). Mas até que ele é um cara bacana.
Me irrita atrair só homens mais jovens. Pode ser que esteja sendo injusta ao descartá-los. Mas já tive  a minha cota...rsrs. Quero um relacionamento tranquilo, o que não significa parado. Mas alguém com quem tenha real afinidade, que não vá ficar de cara amarrada quando eu for ao futebol ou sair para velejar. Que não me ache estranha por querer, um dia, cursar cálculo IV, por desejar uma casa com uma cozinha grande, com fogão a lenha e bem equipada, com uma big mesa para receber os amigos e  com um telescópio mesmo sem entender nada de astronomia, só para ficar olhando os anéis de Saturno (são lindos!!!) Alguém que não me ache tarada por gostar de sexo e que tenha a mesma animação que eu para a atividade. Que não brigue comigo por não saber dançar, mas tente me ensinar. Ah! tem que ter defeitos também! rsrs Se não tiver, como a gente vai brigar para depois poder fazer as pazes e namorar gostoso?
Escrever sempre me fez bem. E mais uma vez agora. O sono está chegando, finalmente. Vou me jogar na cama que está  perfumada com óleo de lavanda e tentar dormir logo. O dia já começou...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

A fila anda

Vou botar essa fila para andar. Tem gente que pensa demais e não percebe que o mundo perfeito não existe, o momento perfeito não existe, a hora perfeita não existe. A única coisa inexorável é o tempo, porra! Vai ficar esperando a conjunção astral prevista pelo antecedente do antecedente do primeiro ser vivo do universo? Então vai morrer triste e chupando o dedo. E pior, sozinho, só com desejos, sem lembranças. Isso é que é triste

domingo, 30 de maio de 2010

tentação...

prestes a fazer uma bobagem... ai, ai, ai!!! valerá a pena??? tenho até amanhã para decidir.

Eu quero uma casa..

Wietze me perguntou se eu tinha alguma meta. Respondi que sim mas, pensando bem, o que tenho não é uma meta, é um sonho. Na verdade, um sonho que já esteve muito perto de se concretizar há 3 anos e escapou rapidamente pelos meus dedos: uma casa, com jardim.
Parece bobagem. Especialmente em tempos em que todos querem apartamentos próximos da praia. Eu quero uma casa com jardim. E com cozinha. Lembranças de uma infância aconchegante, vivida em correrias pelo quintal, flores arrancadas na hora para presentear minha mãe, limonada direto do meu limoeiro, no qual ninguém podia tocar. E a cozinha? Ah... Que saudade! Cozinha grande, com mesa para um monte de gente. Cozinha onde me reunia com primos para preparar bolos ou de onde era expulsa por Vera, minha amada babá, meio mãe, que não nos deixava fazer nada.
Enfim, quero uma casa. Não é meta, ainda. Talvez porque ache meta muito frio e essa é uma questão puramente emocional. Então, Wietze, corrijo agora: não tenho uma meta, tenho um sonho.

Sobre a delicadeza

Todos nós temos nossas convicções. Alguns somos mais convictos que os outros. Mas existe algo que é faz diferença: a delicadeza com que defendemos nossas idéias. Já faz um bom tempo que percebi que não tenho o direito de achar que o modo como o outro vê as coisas é melhor ou pior que o meu. Apenas é diferente.
Reparei nisso após uma pessoa sentir-se magoada pelo fato de, ao tentar ser engraçada fazendo um comentário sobre um fato que a envolvia, deixei passar a impressão de arrogância, deboche e até algum descaso. Eu brinquei com algo que era importante para ela e para outros e, ao mesmo tempo, enalteci a forma com que eu teria resolvido e/ou me portado numa situação similar.
Quando ela me disse que tinha ficado chateada, parei para ouvir. Perguntei a razão. E ela simplesmente falou que acho pouco delicado eu me manifestar daquela forma. Nada contra o fato de eu achar que a minha maneira é melhor ou mais divertida. Mas ela achava que dar tanta ênfase para isso, tinha beirado o escárnio. Pensei em discordar. Mas achei melhor tentar ver com o olhar do outro.
Ao fazer isso, esse exercício tão difícil que é dar voz ao outro, percebi quantas vezes magoamos as pessoas sem sequer perceber. Não somos melhores, mais especiais ou mais espertos do que os outros. Apenas exorcisamos nossos fantasmas de formas diferentes. E devemos, sim, respeitar a forma do outro se expressar, se divertir, amar, viver.
Se eu acho que a minha maneira é melhor, bom para mim. Certamente serei uma pessoa realizada e feliz pois estarei com tudo funcionando de forma bacana em minha vida. Afinal, eu descobri a perfeição! rs Mas o que torna a pessoa realmente especial numa ocasião dessas é a capacidade de ver  o outro e compreender o quanto a maneira dele ver o mundo é perfeita para ele. Não cabe a nenhum de nós tentar mudar o outro.Menos ainda, fazer pouco do que o outro pensa. Vamos ouvi-lo e, se for o caso, guardemos o escárnio, a brincadeira para nós mesmos.
Talvez seja uma ilusão minha, mas acho que uma pessoa feliz não precisa ficar reafirmando que é feliz. Não precisa, ainda que de forma inconsciente, ser indelicada com o outro ao brincar com algo que é importante e bacana para ele, não precisa tentar tirar dele o foco de luz.
A pessoa que está feliz me parece que está, sobretudo, em paz. Ela convive bem consigo. Ela não tem necessidade de se mostrar ao mundo o tempo todo porque o mundo a reconhece. Eu conheço algumas poucas pessoas que, acho, são felizes. Elas cabem dentro de si, não precisam extrapolar. Não possuem a ânsia de dominar a situação, de controlar. Não há exagero. Nem comedimento. Elas simplesmente são.
Mas temo por aqueles que reafirmam sua felicidade todo o tempo. Me pergunto se eles , na verdade, não estarão buscando algo inatingível. Tenho a sensação de que buscam algo inatingível, buscam a perfeição e, por isso não encontram nada. Há um vazio que faz com que busquem o tempo todo algo que nem sabem o que é. Não conseguem aceitar o imperfeito como perfeito, como diferente. Não conseguem ver que as pessoas possuem caminhos e fórmulas diferentes que devem ser respeitados. A simetria, a constância, a obrigação, tornam tudo entediante e estagnado.
Então, vamos ser mais delicados e aprender a aceitar que os outros curtem coisas diferentes, de formas diferentes e que a nossa forma nunca vai ser a melhor, apenas será diferente.

Descolados e bem resolvidos

Uma pergunta vem me incomodando já faz tempo: por que será que a grande maioria das pessoas que conheço que se dizem descoladas e bem resolvidas quase sempre têm o subsídio do álcool em seus momentos de, digamos, plenitude de caráter? rsrs
Pensando bem, descolada e bem resolvida sou eu, que faço o que me dá na telha de cara limpa. Até porque gosto de me lembrar de todas as coisaa, loucas ou normais, que falei e fiz. rsrsrs

domingo, 25 de abril de 2010

O mais perfeito dos dias

Dia 24 de abril de 2010. Essa data certamente estará entre as minhas melhores lembranças dentro de alguns anos. Na verdade, já está. Pensar nas horas passadas me traz um delicioso sorriso aos lábios, uma sensação de plenitude, alegria e paz.
O dia começou preguiçoso. Eu estava preguiçosa, aliás, tenho estado assim com constância. Aos poucos, fui fazendo o que era preciso. Sem pressa.
E foi sem pressa que fui para o Recreio.Entrando no bairro, lembranças felizes da minha infância afloraram. Os passeios com meu pai por aquele lugar que era um areal mas que, nem mesmo com as construções e vida adquiridas nos últimos anos, se tornou um lugar estranho para mim.Sem pressa cheguei na casa do meu irmão. Fui recebida com um carinho, um amor tão maciços que é impossível expressar e definir o efeito provocado sobre minha alma.
Eu, que em janeiro, já tinha programado e reservado uma viagem para um resort chique em Florianópolis com amigos para essa semana, cancelara tudo há 15 dias e não conseguia explicar a razão. O motivo ficou claro para mim ao ver o sorriso de minha sobrinha Lia, que comemorava seu aniversário e ficou surpresa em me ver.
Aos poucos, fui percebendo que ao longo do dia, pessoas que me são tão caras, foram se agregando e estavam ali naquela sala. Por um momento lembrei da casa de Guadalupe, sempre com gente, almoços de final de semana e todo o tempo a presença intensa de meu pai.
Hoje estava comigo minha "irmã siamesa" (alguns de você vão lembrar de quem estou falando...rsrs), curtindo a barriga de 5 meses sobre a qual ela deliciosamente me contou me segredo no meu aniversário no Lamas me fazendo chorar muito. Meu irmão, paizão lindo, a quem amo tanto. Mamãe, claro. Elaine, Dani. E as pequenas do meu coração: Lia e Dorinha.
Toda essa gente me deu um presente que não vou poder pagar nunca. Me trouxeram de volta para algo que sempre foi fundamental para mim: a família. A minha amada família que fui deixando de lado aos poucos, "a pedidos". E de quem não me reaproximei antes por vergonha por ter me deixado afastar.
Hoje entendi que não quero estar e nem nunca quis estar longe. Hoje retornei. Hoje recuperei parte de mim que estava perdida, uma parte fundamental.
Resort em Floripa? Ah... bobagem!! Vou depois. Com todos os que me fazem feliz. De preferência, com o bando todo, agora que ele está completo de novo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Estrella

Quando fui para a área de TI, assustada, com medo das situações que iria encontrar, conheci uma pessoa especial, que sempre tinha um sorriso e uma palavra de incentivo para mim. Um gentleman. Um profissional impecável. Um amigo querido. Uma pessoa altruísta, generosa, otimista. Ele, com seu jeito carinhoso, quase de pai, estava sempre perto de todos nós, nos incentivando, algumas vezes nos desafiando. Quando duvidávamos do sucesso de algum novo projeto, era ele quem nos convencia que, com nosso empenho, conseguiríamos alcançar o que desejávamos.
Uma das últimas reuniões importantes e que me trouxeram estímulo para continuar foi liderada por ele. ão faz muito tempo. Duas semanas, talvez. Naquele momento, ele conseguiu, mais uma  vez, me estimular, me fazer acreditar que valia a pena o esforco. Era uma sexta-feira.
Quando cheguei para trabalhar na segunda seguinte, ele não estava lá. Logo, veio a notícia da internação. Todos nos mobilizamos. E todos mantivemos a certeza de que era só uma crise e que ele logo estaria de volta. Hoje, no início da tarde, numa trégua da chuva e com um céu incrivelmente azul, levamos o corpo dele para o descanso.
É. Apenas o corpo. Estrella sempre estará conosco. Em cada decisão que eu tomar no meu trabalho, em cada risada que eu der ao contar sobre uma viagem bacana, na gozação depois do futebol. Mas vou sentir falta do sorriso, do bom dia carinhoso. Entrar na sala e ter a certeza de que ele não vai estar lá para fazer isso dói. Egoísmo meu, eu sei. Mas é que era tão bom, a cada manhã, ser recebida daquela forma...
Mas vou dar o meu jeito de preservar a sensação bacana e o sorriso que ela provocava. Ele tentou nos mostrar uma maneira amiga, simples e gentil de ser, sem deixar de ser profissional e competente. Cabe a cada um nós descobrir a forma de preservar esse legado, esse presente que foi merecer conhecer o Estrella,

domingo, 4 de abril de 2010

Normalidade...

Ano passado, durante um breve período, tive a impressão de que minha vida voltara ao normal. O sorriso vinha fácil, a alma estava tranqüila. Eu estava feliz. Pena que foi só por naquele curto espaço de tempo... Nem ouso me perguntar se vou voltar a sentir aquela alegria, aquele conforto, aquele aconchego novamente... Nem ouso sonhar que um dia vou ter a vida  "normal" que sempre desejei.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O brilho do olhar

Semana estranha... Reencontro com a loucura em diversos momentos. Reencontro com gente que preferia apagar da minha vida. Tudo acontecendo de forma inesperada, me pegando sem defesas.Tive medo. Muito. Pelo que já passei e pelo o que ainda acho que posso passar.
É muito duro estar na condição de vítima. Não gosto disso. Não gosto da carga que isso joga sobre meus ombros. Mas aconteceu. E sou obrigada a conviver com essa parte da minha história. Há quem não compreenda a extensão da violência a que fui submetida. Violência emocional da pior espécie. Não se trata de um simples fim de relacionamento. É um relacionamento que fui obrigada a encerrar, com uma dor  que jamais imaginei sentir. Não era por ciúme, não era por raiva. Era por ter perdido a confiança, por descobrir a loucura do outro, que expunha a mim e aos meus ao risco.  Era por decepção, por me ver mergulhada em mentiras. Era por descobrir, bruscamente, que tinha vivido uma farsa. Era, e ainda é, por perceber naquele instante que, dificilmente, voltaria a confiar em alguém, a ter um relacionamento "normal".
Ser lesada dessa forma cruel, porque poucas coisas são mais cruéis para com o outro do que destruir a sua capacidade de confiar, me atordoou. Isso imobiliza a gente, deixa sem norte, sem destino. E dói. Dói porque a gente quer acreditar, quer confiar novamente, mas não consegue.
Como numa coincidência estranha, depois do "encontro", o assunto loucura esteve presente em diversos momentos da minha semana, em fatos envolvendo pessoas próximas, em textos que chegaram, em documentários, em notícias... E, por diversas razões, fui levada a reviver emoções que quero manter num cantinho. É... porque elas estarão sempre lá. São como cicatrizes. Doloridas.
Quase três anos se passaram. Me olho no espelho e as marcas ainda estão lá. Profundamente cravadas no meu olhar triste, sempre triste. Algumas coisas na minha vida ainda estão voltando aos poucos ao normal. Mas a que eu mais queria era o brilho do meu olhar... Quando isso acontecer, me sentirei com alma novamente e posso ter a esperança de voltar a ser feliz.

domingo, 14 de março de 2010

Raios, trovões e nada para comer...

Estou com fome. Fui até a cozinha e descobri que nada me agrada e não estou com vontade de apelar novamente para a gastronomia do desespero. Então, continuo com fome. Para piorar, passei um domingo horrível, me sentindo um barômetro humano por causa da sinusite.
Também estou de saco cheio. De quase tudo e de muitas pessoas. Especialmente das que deixam a vida passar entre seus dedos, enquanto pensam, pensam e pensam. Porra! Até eu que sou do tipo "pensador", vez por outra solto as amarras e me deixo levar. É preciso!! Tudo passa rápido demais e não vejo muito sentido em ficar sempre na defensiva. Medo de errar tem limite! Príncipes e princesas encantados, só no livro de contos de fada, vida perfeita, só com Doris Day.
Em dias como hoje, em que chove muito, raios cortam o céu, sinto muitas saudades da casa de Guadalupe, da minha janela, da minha varanda... De lá, acompanhava o movimento das nuvens, a tempestade se aproximando, até desabar.
Quero namorar.

terça-feira, 9 de março de 2010

Hebe, Twitter, Facebook, facilidades e felicidades

Depois da noite de sábado quando, via Twitter, informei e fui informada por muitas pessoas sobre o caos que tomou conta da cidade em razão da tempestade, voltei a pensar muito naqueles que resistem a essas novas (nem tanto!) tecnologias.
Sempre ouço gente falar mal de quem twitta, que diz que o Twitter é bobagem, exibicionismo e coisas similares. Eu sempre vi nessa ferramenta uma oportunidade incrível de me manter em contato com o mundo. Isso numa abordagem pessoal, simplificada. Se pensarmos em termos do retorno que o uso consciente do Twitter pode trazer para empresas, grupos, marketeiros, causas, as possibilidades vão além da mera promoção.
Durante a tempestade, foi possível pedir a pessoas que não saíssem de onde estavam porque não conseguiriam chegar ao local que pretendiam. Outros, presos nos engarrafamentos que se formaram pela cidade informavam, em tempo real pelos seus celulares, as condições das vias, com uma amplitude que para a própria Prefeitura e demais autoridades não eram capazes de oferecer. Por horas, muitos daqueles que usam o Twitter apenas para promoção pessoal, estiveram conectados formando uma malha de informações e prestando um serviço de utilidade pública para uma cidade imobilizada diante do caos. Forjou-se, então, o termo #alagão. Uma referência ao movimento anterior que, de forma semelhante, durante o #Apagão, orientou a população e permitiu que se soubesse rapidamente qual era a dimensão do evento, inicialmente divulgado como tendo atingido uma área restrita.
Foi através de outro desastre natural que fiz alguns amigos na Índia. De madrugada, meses atrás, estava por acaso consultando o site do governo americano que monitora terremotos e divulga os avisos de tsunamis, vi que acabara de ser postado o aviso para certas regiões do planeta. Imediatamente, repliquei no Twitter e, soube depois, meu post foi multiplicado. Mais tarde, recebi mensagens de agradecimento de vários indianos. Alguns, tornaram-se amigos do Twitter. Quando o Rio teve aquela tarde sinistra, em que o tiroteio nos morros com a queda do helicóptero tomou conta da mídia internacional, eu, que estava desligada num passeio no Leblon, levei um susto ao receber mensagens do outro lado do mundo em meu celular. Amigos twitteiros querendo saber se eu estava bem. Confesso que fiquei emocionada. E imediatamente me conectei ao Twitter via celular para mandar mensagens a todos que tinham tão gentilmente se lembrado de mim.
Não. O Twitter não é uma bobagem. Como tudo, é preciso saber usar. Quase sem querer, apenas com algumas postagens sobre temas pelos quais me interesso, formei uma pequena rede que me leva até onde desejo e preciso. Algumas vezes, além. É claro que numa noite como essa, em que o assunto nacional é a volta da Hebe, torna-se quase irresistível brincar on line. Mas que mal há em um pouco de diversão? Se brincamos no ambiente de trabalho, qual a razão para não fazer o mesmo no Twitter? Há espaço e hora para tudo e todos.
Outro que, desde que se popularizou tem me trazido alegria, é o Facebook. Durante muito tempo me senti alienígena num ambiente em que predominavam amigos estrangeiros. Fiquei por lá, ajudando a traduzir uma coisa aqui, outra ali eo tempo foi passando.Felizmente, outros brasileiros, muitos vivendo no exterior, começaram a descobrir o Facebook. Com isso, resgatei relacionamentos que jamais imaginei. Pessoas que já havia tentando reencontrar por todas as maneiras que conheço. Finalmente as encontrei. Via Facebook. Alguns vão falar: mas você poderia ter usado o Orkut! Eu, "rata" de internet que sou, usei Orkut desde... sempre! Acompanhei abobalhada aquela absurda disputa entre americanos e brasileiros pelo "domínio" do território. Naquele instante, me afastei do Orkut e andei por My Space, Multiply e tantos outros que se propuseram como alternativa, sem sucesso. Retornei ao Orkut com o rabo entre as pernas, e deixei latente minha conta no Facebook, onde vez por outra ia dar uma espiada. Já faz um tempo que a conferida diária no Facebook entrou na minha rotina. O Orkut? De vez em quando olho. Aos poucos, estou saindo de lá, dessa vez de forma definitiva.
Ignorar a popularidade, a eficácia, a eficiência de um Twitter é como querer dizer que a Hebe não faz a menor diferença na Tv brasileira. É uma grande bobagem. Você pode até não gostar deles, mas negar o valor que possuem é demonstrar, para ser gentil, um certo grau de intolerância infantil.
A Hebe acabou agora. Aposto que o Twitter vai bombar durante alguns minutos antes que todos se enfiem na cama. Vou lá conferir.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Essa postagem tem dono...

é para agradecer a uma certa pessoa pelos dias bacanas que passei desde o meu aniversário. Muito bom ter com quem compartilhar coisas de que gosto e aprender a gostar de outras novas. Delícia fazer juntos coisas de que ambos gostamos. Vou sentir saudades. Beijo enorme, fique bem e boa viagem.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Preciso

Dar um jeito de consolidar todos os meus blogs em um só... é muita coisa espalhada, mil momentos diferentes que quero juntar num só espaço. Como vou fazer isso?

Riscos

Quero me apaixonar. Quero namorar. Quero ser moleca e adolescente, vivendo uma paixão gostosa. Me pergunto por que as pessoas ficam com tanto medo de aceitar carinho e amor, por que se fecham, o que temem? Sei que pode doer um dia, mas até chegar nesse ponto, se chegar, pode ser tão bom, tão bom...!! Eu não tenho medo, não!! 

Ação e Reação

A preguiça me fez ficar quase 4 meses sem fazer backup dos dados do meu telefone. Como era novo, sequer me dei ao trabalho de ler o manual e instalar os aplicativos necessários. Mas bastou ver uma amiga ter seu celular furtado para que eu encontrasse toda a disposição necessária para realizar a operação.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Mas é carnaval...

   É. É carnaval e a pessoa aqui está de castigo nesse sábado. O motivo? Um calcanhar desalmado que não pára de doer!!! Fiz tudo ao meu alcance nos dias que antecederam o Carnaval para o bichinho ficar bem: parei com a ginástica e treinos de corrida, abandonei as adoradas rasteirinhas, trocando-as por saltos nesse calor infernal de 50 graus, passei remédio, tudo, enfim. Parecia que daria certo mas... Ontem, durante o desfile do Embaixadores da Folia, que estava genial - é preciso registrar -, alguém mais empolgado me atingiu com um salto bem no local crítico. Aguentei, em nome da alegria, a dor até a Cinelândia, onde me desgarrei dos amigos e, acompanhada de um deles, fui chorar as mágoas num restaurante japonês próximo de casa.Passei o dia em repouso e a dor não me deixou. Ia tomar um antiinflamatório e cair o samba mas, felizmente, me ligaram a tempo para avisar que o local escolhido não estava legal. De pronto abandonei a fantasia e vesti o pijama. Liguei o ar condicionado e fui navegar um pouco.

Deparei-me com o blog Lector in fabula que organiza o delicioso desafio dos 50 livros em um ano. Ano passado só descobri no meio e não tentei. Agora, impulsionada pela imobilidade forçada, sinto-me tentada a experimentar. Material não falta. A quantidade de livros que me cerca é absurda. Nos últimos tempos, apenas os folheio e leio páginas aleatórias. A minha falta de  disciplina na leitura certamente está ligada ao fascínio que a internet exerce sobre a minha atenção, com tanta informação para explorar. Já fui uma leitora feroz, devoradora de livros, revistas e qualquer material impresso que tivesse conteúdo interessante. Hoje, perco-me em horas de viagem virtual  pelo mundo e deixo de viajar através da leitura como fiz muitas e muitas vezes. Vou tentar largar o computador um pouco e concluir a leitura de, pelo menos, um dos livros que comecei. Se eu conseguir até quarta-feira, aí então colocarei aqui o selo da confraria, pois estarei de volta ao mundo da leitura.

Mas se o o Carnaval me levar... Ainda assim estou disposta a tentar.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Sobre riscos...

Me falaram que eu deveria, sim, correr riscos. Eu corri. Muitos. Fui mais longe do que costumo, do que acho sensato. Abri alma, baixei barreiras, desnudei coração. Não me arrependo. Apenas me pergunto a razão de ter agido de forma tão conscientemente insensata. Pois, se sei que não sou o objeto de desejo do meu objeto de desejo, se sei quem ele realmente quer, qual o motivo de correr tal risco? Apenas para dizer: eu tentei? Vale a pena isso? Acho que nunca saberei a resposta. Apenas terei na boca o travo amargo e no coração a vergonha e a exata certeza de que me traí.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Dalva e Herivelto

Eu ia escrever sobre Dalva e Herivelto. Mas meu querido edney escreveu um post tão lindo no Blog dele que vou linkar.
O meu comentário ficou lá.
De repente, me lembro que , quando escrevia regularmente, minha vida fazia mais sentido do que hoje, quando as palavras se rebelam e recusam-se a seguir o ordenamento que desejo. Não que eu ache que escreva pior agora. Apenas fiquei tanto tempo calada que agora elas se atropelam e precisam respirar antes de encontrar algum sentido.
Meus olhos sorriem brilhantes.De mim. Não por mim ou para mim. Sorriem de mim. Brinco. Quase galanteio essa realidade que me envolve. É um jogo, sempre. E o sorriso está lá, quase sempre. O colo para abrigar, a palavra para acalentar. Estou lá, todo o tempo, como sempre estive e como jamais achei que poderia fazer diferente. Para todos. Não sou generosa e me pergunto: alguém estará lá por mim? Alguém estará comigo? Não há resposta, sequer previsões. Percebo que eu estarei... Sorrio. Dessa vez, para mim.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Ano novo, de novo

e eu aqui tão atordoada quanto sempre estive nos últimos 46 anos... A única certeza é que estou perto de encarar o 47 e a vontade chutar definitivamente o balde aumenta. Estou de saco cheio e algo me faz crer que ainda dá tempo de mudar o rumo. Então... bons ventos!