terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Revirando baú, revirando a tristeza...

FotoNão quero chorar. Às vezes, quando não temos um ombro amigo perto, é melhor não chorar pois podemos não ter força para parar.Hoje estou intensamente triste. Apesar de mostrar-me tranquila, os ultimos dias foram infernais. Dedes a segunda-feira passada, quando desembarquei no Rio, ate agora, uma sucessão de eventos me pertubaram e desequilibraram. Tudo parecendo convergir para o objetivo de dissipar a joie de vivre que foi a semana do meu aniveersário.
Decido então buscar meu sorriso. Os gatos com suas maluquices ajudam, mas não o suficiente. Um telefonema de alguém da família torna tudo mais difícil. De repente me dá vontade de revirar meu álbum de criança, com as palavras carinhosas da minha mãe. Ali está a minha essência.E dentro dele recolhi imagens e textos que me confortam. Reproduzo alguns aqui.



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domingo, 27 de janeiro de 2013

Santa Maria: a tragédia é a norma no Brasil

Muita gente reclama quando eu digo que não vou a certos lugares, seja por falta de condições mínimas de higiene ou, especialmente, por olhar em volta e não ver qualquer preocupação com segurança, não identificar áreas de escape. Neura minha? Talvez. Mas se temos lugares assim funcionando, a responsabilidade também é nossa. Se estou triste pelas famílias que perderam os seus em Santa Maria? Estou. Mas, todos os dias, perdemos muitas pessoas simplesmente porque somos ausentes. Achamos que não adianta reclamar, falar, cobrar e vamos levando. 
Somos, todos nós, responsáveis por cada tragédia desse tipo, por cada morte ou mau atendimento em hospital público, por cada excesso policial. Simplesmente porque somos omissos e só nos manifestamos em conjunto depois da tragédia. Nunca de forma preventiva. Então, mais que lamentar essas mortes, temos o dever de pedir desculpas a todos, nós, inclusive. E parar de achar normal que o boteco bacaninha da esquina não tenha extintor de incêndio ou que aquele lugar que só poucos conhecem, só tenha uma porta de saída.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Ainda bem que fui comemorar meu aniversário em Paris...


Ou teria sido um dos mais tristes, ever!
Pois é. Semana de volta do meu presente de aniversário, foi incrível, estava feliz e tal. E cumpri com o prometido ao meu chefe de estar na segunda feira pra trabalhar. Então, mesmo com vôo atrasado 3 horas e quase sem dormir, fui. Cheguei no meu andar e encontrei uma colega chorando. De imediato soube o que era. Ela, como eu, era funcionária com carga de 8h. Escolhemos trabalhar assim porque queríamos ter mais grana. Pois bem, a porcaria do sindicato dos bancários do Município do Rio de Janeiro entrou com uma ação para obrigar a Caixa a colocar todos os funcionários em regime de bancário: supostmente 6h. Eu  e muitos fomos contra. Era uma maneira arbitrária. Sempre achei que quem quisessse, everia entrar individualmente com uma ação.
A Caixa, como vinha perdendo em todas as instâncias, nos ofereceu um acordo: voltaríamos todos a trabalhar 6h, ela nos indenizaria e ficaria tudo certo. O Sindicato aqui do Rio não quis assinar o acordo, ao contrário do queacontceu em todo o Brasil, o que impediu que nós que tinhamos interesse em fazê-lo sem o stress de uma ação, pudessemos aceitar.
Nesse meio tempo o Sindicato entrou com outra liminar louca, para cuja assembleia sequer houve convocação. e acionou a Caixa novamente, pedindo que ela nos pagasse um valor absurdo. Lógico que perdeu. E a decisão prejudicou a todos nós que trabalhávmos 8h e tivemos nossas jornadas e salários reduzidos, além de sermos alocados no plano de carreira em extinção.
Eu, como estava em férias, consegui recceber meu salario normal, acrescido das horas extras que vinha fazendo. Mas quem estava trabalhando, perdeu de uma hora para outra aé 4 mil reais. Pessoas com filhos pequenos, despesas de início de ano etc. Hoje fui atingida, alteraram retroativamente ao dia 8/1/2013 a minha jornada de trabalho e só descobri que a tinham alterado hoje pq qdo fui bater meu ponto às 20hs, vi que meu horário de saida tinha passado para 16h. 
Eu já vinha com planos de voltar a trabalhar 6hs e estava conversando com Brasilia sobre isso. Mas a forma brutal com que o processo foi imposto, tratando a cada um de nós que não tínhamos ações contra a empresa como criminosos, inimigos, me machucou profundamente.Trabalho na Caixa porque gosto. Mesmo nos 3 anos em que passei em agência, eu curti. Optar pelo regime de 8h foi mesmo uma maneira de ganhar mais sem ser gerente de agência. Eu estou meio confusa e muito triste. Quem acompanhou meus últimos anos aqui, sabe os perrengues que passei, com separaçaão, falência, da qual ainda não saí de todo, perder tudo o que tinha guardado.Agora, quando tinha planejado ficar só mais um tempinho juntando grana para resolver o que ainda há de pendências e iniciar um novo momento, vem essa porrada.
Enfim, esse tem sido o motivo do meu quase silêncio nos ultimo dias. Hoje voltei prá casa chorando. Triste mesmo.
Diversas vezes tentei ter uma vida normal e sempre que estou perto de conseguir, algo acontece e tenho que bancar a fênix.
Então, estou tentando me acalmar. Olhar as opções que tenho para, durante algum tempo, reforçar o orçamento. E, talvez, até sair da Caixa,mudar, com muita dor no coração, porque uca pedi a ela que me pagasse nada abasurdo. Apenas aquilo que o contrato que assinei definia como justo. E nunca me passou pela cabeça acionar a empresa. Eu concursada que sou, tenho carinho e orgulho pelo papel que a empresa exerce no Brasil e no exterior. Se ela soubese o que é gestão de pessoas de pessoas, diria que é um lugar perfeito para trabalhar.Mas não sabe. E estou arrasada por, junto com meus colegas, ter sido tratada com tanto desrespeito e desprezo.
O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro? Nem uma paalvra. Certamente estão deprimidos pois seus advogados gananciosos não receberão os 20% que receberiam, caso a ação tivesse sido vitoriosa. Pelo menos essa alegria eu tive.
E tive Paris.