domingo, 30 de maio de 2010

tentação...

prestes a fazer uma bobagem... ai, ai, ai!!! valerá a pena??? tenho até amanhã para decidir.

Eu quero uma casa..

Wietze me perguntou se eu tinha alguma meta. Respondi que sim mas, pensando bem, o que tenho não é uma meta, é um sonho. Na verdade, um sonho que já esteve muito perto de se concretizar há 3 anos e escapou rapidamente pelos meus dedos: uma casa, com jardim.
Parece bobagem. Especialmente em tempos em que todos querem apartamentos próximos da praia. Eu quero uma casa com jardim. E com cozinha. Lembranças de uma infância aconchegante, vivida em correrias pelo quintal, flores arrancadas na hora para presentear minha mãe, limonada direto do meu limoeiro, no qual ninguém podia tocar. E a cozinha? Ah... Que saudade! Cozinha grande, com mesa para um monte de gente. Cozinha onde me reunia com primos para preparar bolos ou de onde era expulsa por Vera, minha amada babá, meio mãe, que não nos deixava fazer nada.
Enfim, quero uma casa. Não é meta, ainda. Talvez porque ache meta muito frio e essa é uma questão puramente emocional. Então, Wietze, corrijo agora: não tenho uma meta, tenho um sonho.

Sobre a delicadeza

Todos nós temos nossas convicções. Alguns somos mais convictos que os outros. Mas existe algo que é faz diferença: a delicadeza com que defendemos nossas idéias. Já faz um bom tempo que percebi que não tenho o direito de achar que o modo como o outro vê as coisas é melhor ou pior que o meu. Apenas é diferente.
Reparei nisso após uma pessoa sentir-se magoada pelo fato de, ao tentar ser engraçada fazendo um comentário sobre um fato que a envolvia, deixei passar a impressão de arrogância, deboche e até algum descaso. Eu brinquei com algo que era importante para ela e para outros e, ao mesmo tempo, enalteci a forma com que eu teria resolvido e/ou me portado numa situação similar.
Quando ela me disse que tinha ficado chateada, parei para ouvir. Perguntei a razão. E ela simplesmente falou que acho pouco delicado eu me manifestar daquela forma. Nada contra o fato de eu achar que a minha maneira é melhor ou mais divertida. Mas ela achava que dar tanta ênfase para isso, tinha beirado o escárnio. Pensei em discordar. Mas achei melhor tentar ver com o olhar do outro.
Ao fazer isso, esse exercício tão difícil que é dar voz ao outro, percebi quantas vezes magoamos as pessoas sem sequer perceber. Não somos melhores, mais especiais ou mais espertos do que os outros. Apenas exorcisamos nossos fantasmas de formas diferentes. E devemos, sim, respeitar a forma do outro se expressar, se divertir, amar, viver.
Se eu acho que a minha maneira é melhor, bom para mim. Certamente serei uma pessoa realizada e feliz pois estarei com tudo funcionando de forma bacana em minha vida. Afinal, eu descobri a perfeição! rs Mas o que torna a pessoa realmente especial numa ocasião dessas é a capacidade de ver  o outro e compreender o quanto a maneira dele ver o mundo é perfeita para ele. Não cabe a nenhum de nós tentar mudar o outro.Menos ainda, fazer pouco do que o outro pensa. Vamos ouvi-lo e, se for o caso, guardemos o escárnio, a brincadeira para nós mesmos.
Talvez seja uma ilusão minha, mas acho que uma pessoa feliz não precisa ficar reafirmando que é feliz. Não precisa, ainda que de forma inconsciente, ser indelicada com o outro ao brincar com algo que é importante e bacana para ele, não precisa tentar tirar dele o foco de luz.
A pessoa que está feliz me parece que está, sobretudo, em paz. Ela convive bem consigo. Ela não tem necessidade de se mostrar ao mundo o tempo todo porque o mundo a reconhece. Eu conheço algumas poucas pessoas que, acho, são felizes. Elas cabem dentro de si, não precisam extrapolar. Não possuem a ânsia de dominar a situação, de controlar. Não há exagero. Nem comedimento. Elas simplesmente são.
Mas temo por aqueles que reafirmam sua felicidade todo o tempo. Me pergunto se eles , na verdade, não estarão buscando algo inatingível. Tenho a sensação de que buscam algo inatingível, buscam a perfeição e, por isso não encontram nada. Há um vazio que faz com que busquem o tempo todo algo que nem sabem o que é. Não conseguem aceitar o imperfeito como perfeito, como diferente. Não conseguem ver que as pessoas possuem caminhos e fórmulas diferentes que devem ser respeitados. A simetria, a constância, a obrigação, tornam tudo entediante e estagnado.
Então, vamos ser mais delicados e aprender a aceitar que os outros curtem coisas diferentes, de formas diferentes e que a nossa forma nunca vai ser a melhor, apenas será diferente.

Descolados e bem resolvidos

Uma pergunta vem me incomodando já faz tempo: por que será que a grande maioria das pessoas que conheço que se dizem descoladas e bem resolvidas quase sempre têm o subsídio do álcool em seus momentos de, digamos, plenitude de caráter? rsrs
Pensando bem, descolada e bem resolvida sou eu, que faço o que me dá na telha de cara limpa. Até porque gosto de me lembrar de todas as coisaa, loucas ou normais, que falei e fiz. rsrsrs