Acordo. Tenho que ir para o trabalho. O tesão de trabalhar com tecnologia totalmente diluído na bagunça do setor nos últimos dois anos. Fico na cama até o último momento, no micro. Preciso estudar chinês para aula de amanhã, mas nem isso, que gosto tanto me anima. Não tem jeito, tenho que ir... Banho rápido, café voando e...táxi. Há a prespectiva de um momento legal no meio do dia, com o almoço de aniversário da Katy. Conto os momentos até lá, pois o clima no trabalho é péssimo por causa da s mudanças em vigor e da falta de transparência. Finalmente ! Chegou a hora. Corro para o restaurante e e amigos queridos, de tantos anos estão lá. Esqueço da vida por um par de horas. Sorrio, me divirto. Livre, solta. É hora de voltar... pena... tá tão bom!
Entro no prédio oprimida. Me pergunto: o que estou fazendo aqui??? O que faço num lugar que me trata tão mal e me faz tão infeliz? Subo até o trigésimo andar... a vista dos barcos, do Pão de Açúcar, acalma minha alma. Logo, a calma se vai. A notícia da demissão de quatro amigas colaboradoras. Uma delas, eu terei que avisar. Choro. Não entendo como podem tratar pessoas como se fossem objetos, com tanto desprezo e desrespeito. Me acalmo e vou até o telefone. Converso amenidades com ela. Meus olhos cheios de lágrimas. Finalmente digo que tenho algo sério para falar. E conto. As lágrimas aumentam, eu peço desculpas, envergonhada pela forma como a empresa está conduzindo essa transição. Choro. E me pergunto: vale a pena? Devo continuar aqui??? Mudança. Palavra que não tem saído da minha cabeça. Recomeço. Partir do zero. Continuo triste. Fazer o quê?
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