domingo, 30 de outubro de 2011

Vou conjurar todas as energias que conheço, pela primeira vez na vida, a meu favor. Já estou fazendo isso. A chuva que cai lá fora agora é uma benção para minha alma machucada e enfraquecida, tão castigada nos últimos tempos. E ainda assim sempre, sempre se doando aos outros, sempre se colocando em segundo lugar.Cada gota tem uma lágrima equivalente descendo pelo meu rosto. Quero que se esgote, que escorra de dentro de mim tudo isso.  Não. Não mais. Não posso. Não tenho mais forças para isso. Então, todos aqueles seres acostumados a viver me sugando vão ter que arrumar outra maneira de continuar. Eu não estarei mais aqui para eles. É uma questão básica, simples. Escolher entre viver e morrer. Eu quero viver. Eu mereço viver. E viver bem. Trabalhei para isso e não para sustentar o sonho alheio. Então, acabou. Egoísmo? Sim. Necessário. Fundamental. Eu tenho 48 anos e um mundo de descobertas pela frente e danem-se todos aqueles que acharem que eu estou errada porque estou me escolhendo. Acostumem-se a isso ou me esqueçam. 

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