sábado, 13 de julho de 2013

Viva

No meio da loucura que tem sido esses últimos 30 dias, com toda a agitação política do País, eu conseguindo mais algumas coisas boas para a minha vida, participando também das manifestações. Descobrindo que o Maraca nunca mais será o meu Maraca, que ainda corre o risco de não ter nem a Charanga do Flamengo lá dentro, tiro a tarde para mim. Exclusivamente para mim.
Vou ao cinema, vazio como gosto, ver Johnny Depp.
Saio e vou tomar um café. Preços absurdos, como tudo aqui no Rio atualmente.
Estou quase saindo do café quando ouço uma voz e procuro pelo dono dela. Eu o vejo, de costas, e sorrio. Fico na mesa mais um tempo só para ouvir aquela voz. Quando ele olha pra trás e captura meu olhar, eu não desvio. Não sorrio, não por não querer. Mas porque meu coração está disparado, deliciosamente disparado. E eu desejo muito ouvir mais aquela voz e sentir de perto aquela energia que vem dele.
Saio do café. Dou umas voltas pelas lojas e, antes de partir de vez, passo de novo pelo café onde ele continua em reunião de negócios.
Percebo que desejo intensamente uma segunda chance de encontrar esse homem.
Sorrrio, então.
Estou viva de novo.

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