quarta-feira, 20 de agosto de 2008

20 de agosto

Há um ano eu estava tão profundamente ferida e machucada que até respirar doía. Eu não podia revelar minha dor, nme sofrer minha perda: minha mãe estava envolvida com problemas de saúde de uma irmã e precisava de apoio. Não pude recorrer a miha melhor amiga, pois ela acabara de perder a mãe de forma trágica. Então, dei um jeito e engoli meus sentimentos o mais que pude.
Quando, finalmente, minah tia melhorou, achei que teria espaço para chorar tudo o que precisava. Engano. Minha irmã, em crise, mandou minha sobrinha para a nossa casa. Eu a acolhi com todo amor que pude e, mais uma vez, coloquei a dor de lado. Mas ela não passou. Pelo contrário, parece que se consolidou e eu não sei o que fazer.
As lágrimas correm aos meus olhos sem que eu perceba. Eu estou perdida e confusa. Por mim, largava tudo agora, sumia, caía no mundo. Só uma coisa me prende aqui: o amor que tenho por minha mãe. Se ela se for, não sei o que será de mim.
Meus sonhos e planos caíram no esquecimento. Perdi tudo. Perdi o rumo. Hoje, não me sinto alguém. Me pergunto o que fazer e não consigo achar resposta. Nada me importa muito. Aceito as coisas, simplesmente. Não consigo e não quero mais "acreditar".Esta sou eu, hoje, 20 de agosto de 2008. Uma mulher de olhar triste, coração apertado e sem esperança.

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