domingo, 5 de outubro de 2008

Vamos dar uma chance ao Rio

Você, que está entre os mais de 800 mil que se abstiveram de votar, entre os mais de 190 mil que votaram em branco e os mais de 200 mil que anularam o voto, pare e pense. Temos a oportunidade de dar ao Rio de Janeiro uma chance real de nova administração, longe daquelas práticas que todos vocês condenam, que eu condeno e que me levaram a votar em Gabeira. Eu quero o seu voto, o Rio quer o seu voto, porque o Rio precisa da administração Gabeira. Eu sei, algumas vezes é difícil mudar nossa linha de raciocínio, ousar mudar. Mas eu acredito que o melhor é, pelo menos, tentar mudar. Junte-se a nós, que num esforço conjunto, respeitando a inteligência do eleitor, apoiamos a candidatura Gabeira. Pense na campanha limpa, firme, séria, respeitosa para com o cidadão que Fernando Gabeira realizou para chegar ao segundo turno. É esse espírito que estará presente no Rio quando Gabeira se tornar prefeito. Vamos resgatar valores tão caros ao cidadão carioca e que administrações irresponsáveis se esforçaram para destruir. Se você quer dar uma chance à nossa amada Cidade, não hesite: vote Gabeira - 43 -, no segundo turno. Eu vou votar. E estarei esperando pelo seu voto.

Reproduzo abaixo minha declaração de voto, feita em março de 2008:

http://minhavidataonormal.blogspot.com/2008/03/voto-gabeira.html


Terça-feira, 18 de Março de 2008

Voto Gabeira
Saio da inércia de fim de verão, ainda devendo as imagens das delícias que aproveitei nos últimos meses aqui na minha linda cidade, para registrar um sinal de esperança. A candidatura de Gabeira à prefeitura do Rio. Se esta se consolidar, voto nele. Assim como sempre votei nele. Nunca me arrependi. Gabeira é a única ligação que tenho atualmente com a política. A única que ainda me faz ter um pouco de paciência. Reproduzo aqui o texto de Roberto Pompeu de Toledo que pode ajudar àqueles que só lembram de Gabeira pela tanguinha ou pela defesa da descriminilização da maconha, a recordar e refletir sobre suas atitudes dignas e coerentes em todos esses anos de vida pública. O Rio merece essa expectativa de seriedade e comprometimento.



Barack Gabeira

Roberto Pompeu de Toledo



Gabeira, que já era das figuras mais interessantes, virou uma das figuras mais respeitadas da política brasileira. Memorável foi sua interpelação, no plenário da Câmara, contra a 'maneira indigna' com que se comportava o então presidente da casa, Severino Cavalcanti. Filiado ao Partido Verde, teve sua candidatura a prefeito apresentada por uma coligação que inclui o PSDB e o PPS. Ele tem a singularidade de guardar distância do PT, ao qual já foi filiado, sem aderir aos ultras do lado contrário. No ato de lançamento da candidatura, até convidou o PT a aderir à coligação. Por suas posições e sua personalidade, representa um traço de união, um hífen, entre o PT e o PSDB, os dois partidos que encabeçam as disputas de poder, nacionalmente. Vem daí o primeiro sinal de yes, we can que sua candidatura emite: sim, nós podemos romper a muralha de intransigência que separa PT e PSDB. Podemos desmanchar uma dicotomia que tem beneficiado principalmente a rataria espalhada pelos partidos-satélites, contemplada com a sorte grande de vender cada vez mais caro o apoio necessário para que um ou outro lado componha a maioria.Não se espera uma aliança em nível federal, pelo menos até onde a vista alcança, entre PT e PSDB. Outro sinal de 'sim, podemos' são as condições impostas por Gabeira aos companheiros de coligação para aceitar a candidatura: (a) não sujar a cidade nem agredir os adversários durante a campanha; (b) se eleito, disponibilizar as contas da prefeitura na internet; (c) não usar o cargo para fazer oposição aos governos federal ou estadual; e (d) não aceitar indicações políticas para a formação do secretariado. Eis um programa de tirar o fôlego, de tão revolucionário, em face dos costumes vigentes. A começar pelo fato de o candidato se dispor a ser cobrado já na campanha: se sujar a cidade ou aplicar golpes baixos contra os adversários, os eleitores estão convidados a não votar nele. Não sujar as ruas bem poderia ser condição preliminar para todos os candidatos, ainda mais quando se trata de eleição em que o que está em jogo é a administração do município. Ainda não chegamos a tanto. Um candidato que venha a fazê-lo, no Brasil, por vontade própria merecerá figurar nos anais como autor de um feito histórico.Mas a mais revolucionária entre as revolucionárias condições impostas por Gabeira é a de não aceitar indicações políticas para o secretariado. Enfim, eis um governante que se dispõe a governar. O titular de um cargo executivo, no Brasil, é um oprimido. Está condenado à sina de aceitar colaboradores que não conhece e cujo preparo para as funções nem a própria senhora consorte do indicado seria capaz de atestar.Mas a mais revolucionária entre as revolucionárias condições impostas por Gabeira é a de não aceitar indicações políticas para o secretariado. Enfim, eis um governante que se dispõe a governar. O titular de um cargo executivo, no Brasil, é um oprimido. Está condenado à sina de aceitar colaboradores que não conhece e cujo preparo para as funções nem a própria senhora consorte do indicado seria capaz de atestar.Se Gabeira conseguir tal proeza, terá mudado o eixo em torno do qual gira a política brasileira. Mas o 'nós podemos' com que acena sua candidatura não será vão mesmo com resultado mais modesto: fazer política de modo decente já é uma grande coisa.
Postado por Elisa Maria às 09:57

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