terça-feira, 23 de setembro de 2008

Tão perdida...

Estou meio sem destino... Na verdade, pouco me importa para onde vou neste momento. Tento estabelecer uma meta, um sonho que seja, mas me sinto estéril. Não vejo razão em sonhar... O que eu faço? Investi tanto em mim, na minha formação, na família, no sonho de dividir minha vida com alguém e perdi tudo.

Vou fazer essa cirurgia na segunda-feira e nem sei se vale a pena. Não sei se vale a pena começar o dia.
O que tem me trazido alento? As mensagens que a Lana me envia com trechos de salmos. Chegam sempre quando estou mais desesperada, quando a falta de capacidade para visualizar uma saída quase me provoca pânico, quando vejo que meus esforços não estão surtindo efeito.

Preciso me manter centrada. Não posso desistir fácil, assim... Só preciso encontrar uma razão de fazer isso por mim e, não pela minha mãe, como venho fazendo. Tudo o que faço é pensando em não decepcioná-la mais. Tenho vergonha de estar morando com ela. Tenho vergonha de estar precisando da ajuda dela. Tenho vergonha de ser quem eu sou nesse instante. Queria ser uma pessoa melhor, cuja vida estivesse mais organizada como já esteve antes, queria poder me dedicar mais aos outros, coisa que não consigo fazer agora. Quero acreditar que fiz as escolhas certas, que estou no caminho certo. Não quero me desviar disso.

A situação aqui na CAIXA está me deixando muito mal. De certa forma, fazer a cirurgia agora é uma bençâo.Sair daqui, me afastar disso tudo... Da inveja, do medo que certas pessoas têm dos meus questionamentos, da minha incapacidade em aceitar tudo como  "vaca de presépio". O trabalho foi tão bom, que perdi a fé na minha própria capacidade. Tem um concurso do IPEA e estou na dúvida se faço ou não. Puro medo de não passar. Embora já tenha visto que o programa é viável, estou sem confiança na minha capacidade de obter sucesso. Preciso me reerguer. Preciso voltar a acreditar em mim e resgatar tudo aquilo que me foi roubado.

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