sábado, 12 de abril de 2008

Minha culpa. Desculpem, rapazes...


Sim, mais um momento ''umbigo". Tenho cometido uma injustiça com os os homens jovens. Depois que me separei, após 10 anos, por medo de tudo de ruim que ficou, da decepção, do grau de desrespeito com que fui tratada por meu ex-companheiro, - 13 anos mais novo que eu -, passei a afastar todo e qualquer homem mais jovem que se aproxima de mim. Coloquei na cabeça que só um homem mais velho me fará feliz.

Engano. Erro. Sou uma moleca. Nunca segui convenções e acho que agora não quero começar a seguí-las.
E não é a faixa etária que vai definir quem vai me fazer feliz. É o grau de "abertura"do parceiro. É claro que posso ceder. Mas tem um monte de coisas de que gosto e que só um homem de espírito jovem consegue acompanhar,

Pode até ser que um homem velho consiga me "aturar", mas vai ter que ter pique para viajar de ônibus, se não tiver carro ou avião para ir até o local, vai ter que gostar de natureza e, se necessário, dormir na rede. Comer miojo? Sem problemas! Por outro lado, o que custa apreciar um bom vinho, entender que, às vezes, vale a pena pagar uma fortuna por uma noite numa boa suite, mas que, em outras, é muito melhor passar o mês inteiro num hotel barato de uma cidade maravilhosa como Paris. Saber que chocolate não é aquele troço que é vendido nas esquinas sob o sol escaldante, conseguir ver o valor de um bom livro ou um passeio tranquilo pelas ruas de Paraty. Não precisa gostar de futebol, mas vai precisar entender quando eu me enfiar no Maraca atrás do meu Flamengo e voltar para casa contando, indignada, que apanhei da polícia. Entender que eu sou boba e me emociono com coisas como natureza, filme de amor, que morro de rir de filmes classe Z, daqueles tipo Kung Fu ou ficção científica barata, como O planeta vermelho (mas esse tinha o Val Kilmer e George Clooney...rs), mas que Os Passáros é minha primeira referência de cinema "de verdade", recebida aos 6 anos.Que detesto papo-cabeça, mas tenho cultura suficiente para encarar um, que sou, com a graça do bom Deus, politicamente incorreta e chamo negão de negão, judeu de judeu e adoro piada que junta negão, judeu e português. Que não gosto de ficar pegando no pé das pessoas por suas escolhas de qualquer tipo, que não preciso de público para me sentir bem. Aliás, acho que isso é algo que me define: sou na minha e não espero que gostem de mim. Tudo o que faço é de coração, não sou política. O que não significa que não vá expressar minha opinião, se eu tiver vontade.
Sei que há quem vá dizer que sou uma irresponsável. Afinal, 45 anos, sem filhos, sem ter casado. Nem ligo. Ou melhor, ligo, sim. Ligo no que diz respeito a não ter podido viver a maravilhosa experiência de carregar uma vida dentro de mim. Coisas da Mãe Natureza... fazer o quê? É a única coisa que me torna incompleta. Porque as demais emoções da maternidade, tive todas: noites em claro por causa de doenças, preocupação com colégio, reunião na escola, gincanas, namorados, tudo isso eu vivi... O resto, é só o resto.
Rapazes, prometo: não vou mais ser injusta. Peço perdão a todos a quem afastei nos últimos meses utilizando o critério imbecil da idade. A idade está na alma da gente, a responsabilidade também e o respeito pelo outro... ah... esse, ou você tem ou não tem. Porque muitas pessoas, que são filhas de homens e mulheres dignos, acabam se revelando verdadeiros monstros. Então... nada relacionado a idade. É questão de índole, de caráter. Perdoem-me por julgá-los com base na emoção negativa provocada por um terceiro. Vocês são dez!

Espero ser absolvida por vocês pelo meu egoísmo.

2 comentários:

Unknown disse...

Oi, Elisa!!! Não sei se vc lembra de mim....sou a Giulia do #gamo...sempre leio seu blog e torço por vc...beijinhos

Elisa disse...

Giulia,
Anote meu email pois não sei se a resposta que te mandei chegou e as configurações que fiz aqui estão meio confusas: elisa.barcellos@gmail.com
que bom saber que vc está por perto, menina!!
Beijocas.